HOJE: Uma palavra, uma viagem, uma filosofia – Inspirações brasileiras para uma arquitetura de interiores viva

Viagem ao Brasil — Caderno de inspirações, cores e sentidos

Em 2023, fui para o Brasil. Não para "turistar", mas para desacelerar. Me conectar. Compreender. Parti sozinha, com uma mochila nas costas e um caderno de esboços na mão, com um objetivo simples: me deixar surpreender. Essa viagem marcou um ponto de virada na minha vida, pessoal e profissional. Foi lá que nasceu o nome HOJE — como uma evidência. Uma palavra suave, viva, carregada de sentido, que traduz tanto a filosofia do país quanto minha forma de pensar o design de interiores.

Viver o presente, simplesmente

O que mais me tocou no Brasil foi esse modo de vida profundamente enraizado no momento presente. Lá, vive-se o dia como ele vem, sem projeções excessivas. Essa filosofia do “hoje” está presente na hospitalidade, na generosidade das pessoas, nos espaços e nos lugares: vive-se ao ar livre, vive-se em comunidade, vive-se agora. É exatamente isso que tento transmitir nos interiores que crio: espaços onde se respira, onde se volta ao essencial, onde se sente em casa — hoje.

Cores, texturas e emoções

É impossível falar do Brasil sem mencionar suas cores. Elas estão por toda parte: nas ruas de Salvador, nas fachadas de Paraty, nos tecidos nas janelas ou nas asas de um tucano ao amanhecer. O Brasil vibra em uma paleta solar: ocre, verde profundo, azul turquesa, amarelo açafrão, rosa claro... Tudo combinado com materiais brutos: a madeira escura das casas coloniais, a pedra natural, a cerâmica artesanal, os tecidos tecidos à mão.
Essas cores e matérias contam histórias, transmitem calor humano e imperfeições belamente autênticas. Inspiram diretamente meus projetos: uma parede de argila, um azulejo vibrante, uma luminária trançada com fibras naturais. O design brasileiro me ensinou que os materiais falam — e que um espaço deve ser vivido tanto quanto observado.

Caderno de viagem, caderno de ideias

Durante essa viagem, desenhei muito. Fachadas, cadeiras na calçada, uma prateleira esculpida, silhuetas no mercado... Meu caderno virou um arquivo de atmosferas, uma fonte viva de criatividade. Anotei nomes de lugares, colei etiquetas, sequei flores entre as páginas. Essas anotações se tornaram tanto ferramentas quanto referências sensoriais que ainda me guiam em muitos projetos.

Encontros e artesanato: uma riqueza infinita

O Brasil também é terra de mãos talentosas. O trabalho artesanal está em todo lugar: móveis esculpidos, cortinas de macramê, redes tecidas à mão, cerâmica colorida, luminárias de fibras naturais. Fiquei fascinada com essa riqueza — ao mesmo tempo ancestral e cheia de frescor contemporâneo.

Alguns saberes que me marcaram:

• Macramê & tecelagem: perfeitos para criar uma atmosfera aconchegante e boêmia.

• Cerâmica: viva, colorida, imperfeita — ideal para banheiros ou cozinhas.

• Madeira esculpida à mão: para dar alma a qualquer ambiente.

• Azulejos portugueses: ótimos em detalhes, como bancadas ou paredes.

• Fibras naturais trançadas: perfeitas para tapetes, luminárias e objetos decorativos.

Essa mistura de tradição, autenticidade e reinvenção constante faz do Brasil uma fonte inesgotável de inspiração.

Uma língua, uma abertura

Aprender um pouco de português foi uma forma de me aproximar ainda mais. Cada palavra nova, cada troca, aguçava minha percepção. Esse gosto pelas línguas me levou a oferecer hoje um acompanhamento multilingue para clientes internacionais, especialmente expatriados vivendo na França.

Quer saber mais?

Essa viagem ao Brasil mudou minha forma de ver o espaço. Ela deu origem ao HOJE STUDIO, e a uma maneira de conceber interiores mais sensível, humana, viva. Se essa abordagem te inspira, será um prazer criar juntos um lugar que te conecte com o essencial — hoje.